Os pólipos intestinais são pequenas lesões que se localizam no intestino grosso, que é dividido em cólon e reto. Os pólipos intestinais são relativamente frequentes, a acometendo entre 10 a 20% da população, sendo mais comuns após 50 anos de idade.
Essas lesões surgem como resultado das alterações (mutações) dos cromossomos de algumas células da mucosa intestinal, fazendo com que modifiquem seu comportamento e desenvolvam as lesões chamadas de pólipos, quem tem aspecto semelhante a pequenas verrugas. As mutações podem surgir ao longo da vida e podem estar relacionadas a predisposição genética ou também ser esporádica e resultarem de fatores como alimentação não saudável, sedentarismo e tabagismo.
Os pólipos intestinais pequenos geralmente não causam sintomas e quando presentes, os sintomas podem incluir desconforto abdominal, constipação, cólicas e sangramento ou muco nas fezes. Na presença desses sintomas, é importante consultar com um médico especialista.
O tipo mais comum de pólipo intestinal, o adenoma, pode evoluir para o câncer de intestino. Nem todos os pólipos adenomatosos podem evoluir para câncer, e mesmo assim, a evolução para um câncer pode levar anos ou mesmo décadas. Mas em razão desse risco, a colonoscopia é recomendada como exame de rastreamento para a população em geral após os 50 anos de idade.
Nesse exame, é possível visualizar e remover os pólipos. O procedimento de remoção é chamado polipectomia e o material removido é enviado para realização de estudo patológico. Dependendo das características e do tamanho dos pólipos, o profissional especialista vai determinar a frequência com que o paciente deve repetir a colonoscopia, pois existe uma chance em torno de 30% da pessoa desenvolver novos pólipos. Esse exame, portanto, tem um papel preventivo, pois remove o pólipo antes de ele se transformar em um câncer.
Nos casos de pacientes que apresentam histórico familiar de câncer de intestino, a colonoscopia deve ser realizada mais cedo. Familiares de primeiro grau de paciente com pólipos de alto risco ou câncer de intestino, devem fazer colonoscopia aos 40 anos de idade e repetir a cada cinco anos pelo menos. Todos os grupos de risco devem ser orientados a procurar seu médico em caso de aparecimento e persistência de qualquer sintoma gastrointestinal.