O tratamento do câncer de esôfago apresentou grandes avanços na última década.

O que é ocâncer de esôfago?

O esôfago é um órgão tubular com comunicação com a boca do estômago. O câncer do esôfago geralmente começa nas células que revestem o interior do órgão.

O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermóide ou escamoso, responsável por mais de 90% dos casos e muito relacionado ao tabagismo e etilismo.

Outro tipo, o adenocarcinoma vem aumento sua incidência, principalmente em países desenvolvidos e está ligado a fatores comportamentais com a obesidade e maus hábitos alimentares.

Em algumas regiões, taxas mais altas de câncer de esôfago podem ser atribuídas ao uso de tabaco e álcool ou hábitos nutricionais específicos além de obesidade. A doença do refluxo não tratada também é um importante fator de risco.

Alguns dados quevocê precisa saber!

O câncer de esôfago ocupa o oitavo lugar em incidência mundial e é a sexta causa mais comum de mortes por câncer em todo o mundo, sendo que a incidência em homens é cerca de duas vezes maior do que em mulheres.

No Brasil, o câncer de esôfago é o sexto mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma.

A incidência do subtipo adenocarcinoma vem crescendo no ocidente e, nos EUA representa 60% dos casos.

6ª causa
mais comum de
mortes por câncer

A incidência em homens é 2x maior do que em mulheres

Quais os principaissintomas do câncer de esôfago?

  • Dificuldade e dor para engolir
  • Perda de peso
  • Perda do apetite
  • Náuseas e vômitos

Quais os principais tratamentos para o câncer de esôfago?

O tratamento do Câncer do Esôfago pode ser feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo esses tratamentos de forma isolada ou em combinação.  O cirurgião tem um importante papel na definição da melhor estratégia de tratamento do câncer do esôfago, a qual dependerá de fatores como o estágio da doença e das condições clínicas do paciente.

Casos selecionados de tumores iniciais podem ser tratados durante a endoscopia, sem a necessidade de procedimento radical. Mas, a maioria dos pacientes com doença restrita ao esôfago, necessita de esofagectomia que é a remoção do esôfago.

A estratégia  de tratamento do câncer do esôfago mais usual, incluiu uma combinação de quimioterapia com radioterapia, seguido da cirurgia de remoção do esôfago.

Nos últimos anos houve grandes avanços nesse tipo de cirurgia. Atualmente nossa equipe realiza essa cirurgia com as mais modernas técnicas por via minimante invasiva, seja laparoscópica ou robótica.

Para os tumores muito avançados, que não podem ser operados, ou no caso de pacientes muito debilitados, o tratamento tem finalidade paliativa, e é realizado por meio  de suporte nutricional, quimioterapia, radioterapia e outras terapias.

Ficou com alguma dúvida?Confira algumas perguntas frequentes

Quais são os fatores de risco do câncer de esôfago?
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Idade
O risco desse tipo de câncer aumenta com idade e é raro antes dos 55 anos.

Gênero
A incidência é maior em homens do que em mulheres.

Tabagismo e Etilismo
O consumo prolongado de qualquer tipo de tabaco (cigarro, charuto, cachimbo, etc.) é o principal fator de risco para câncer de esôfago. O risco aumenta de acordo com o tempo e quantidade consumida. O cigarro constitui-se em fator de risco tanto para o adenocarcinoma, quanto para o carcinoma de células escamosas.

O consumo de bebidas alcoólicas também tem relação direta com o câncer de esôfago de ambos os tipos. O uso combinado de álcool e tabaco aumenta ainda mais a chance de desenvolver um câncer de esôfago.

Doença do Refluxo e Esôfago de Barret
A doença do refluxo é um fator de risco para câncer de esôfago, pois pode levar a alterações pré-cancerígenas. O Esôfago de Barret ocorre após longos períodos de doença do refluxo não tratada. Isso leva à transformação das células escamosas (que revestem internamente o esôfago) em células glandulares, que normalmente não estariam naquela região. Os próximos passos são alterações pré–malignas nessas células, chamada de displasia e a seguir o desenvolvimento do câncer do tipo adenocarcinoma.

Obesidade
A obesidade tem relação direta com o risco do desenvolvimento de adenocarcinoma. Pessoas obesas são mais propensas a terem refluxo e Esôfago de Barret, que são condições já relatadas acima como pré-malignas. A combinação de obesidade, com tabagismo e etilismo é uma associação muito forte para o risco dessa doença.

Fatores Dietéticos
Além do consumo de bebidas alcoólicas, outro hábito alimentar que parece estar relacionado ao aumento do risco, é o consumo excessivo de carnes vermelhas processadas. A ingesta frequente de líquidos quentes (acima de 65 graus) como café, chá e chimarrão está relacionada ao aumento do risco de câncer de esôfago do tipo escamocelular.

Lesões Químicas
A ingestão acidental de soda cáustica ou outros produtos químicos que provoquem lesões (queimaduras químicas) podem levar a estenose (estreitamento) do esôfago e ao desenvolvimento de câncer.

Infecção por HPV (Papilomavírus Humano)
Já é bem conhecida a correlação do HPV com diversos tipos de câncer, como o de colo uterino, canal anal e laringe. Estudos revelaram que o HPV esteve relacionado ao câncer de esôfago na Ásia e América do Sul, em até 1/3 dos pacientes.

História pessoal de outros tipos de câncer
Pessoas que foram acometidas de câncer de boca, laringe ou pulmão são mais propensas a desenvolverem o câncer de esôfago. Medidas importantes que podem diminuir o risco para câncer de esôfago são: adoção de uma dieta rica em frutas e legumes, evitar o consumo freqüente de bebidas quentes (como chás e chimarrão), alimentos defumados, bebidas alcoólicas e, principalmente, evitar hábitos tabágicos.

Como é feito o diagnóstico do câncer de esôfago?
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Endoscopia digestiva alta
A endoscopia é o principal exame solicitado na suspeita clínica de um câncer de esôfago. É um exame rápido feito com o paciente sedado. Esse exame estabelece o diagnóstico de lesões no esôfago, incluindo o câncer e, ainda, permite ao profissional endoscopista realizar biópsias da lesão, para que se defina o tipo do tumor. Além disso, informações como o tamanho e localização são importantes na definição do tipo do tratamento.

Ecoendoscopia
É um exame relativamente recente que exige um aparelho específico. Com esse exame, o profissional pode avaliar a profundidade do tumor através do esôfago, descobrir linfonodos suspeitos no tórax e fazer a biópsia desses linfonodos suspeitos, ajudando o profissional oncologista a definir o melhor tratamento

Seriografia com bário ou Raio-x com bário
É um exame pouco realizado atualmente, já que a endoscopia e a tomografia dispensam seu uso em quase todas as situações. Ainda é realizado em alguns países, em razão de seu baixo custo.

Tomografia Computadorizada (TC)
Muitas vezes é um exame realizado antes da endoscopia para avaliar quadros de dor torácica, mas geralmente é realizado após o diagnóstico endoscópico. A tomografia permite avaliar a extensão e o estágio da doença, definindo se o tumor está infiltrando (invadindo) outros órgãos ou se já se disseminou através de metástases para os linfonodos, pulmões, fígado ou ossos.

Tomografia por emissão de pósitros (PET-CT)
Esse exame utiliza a medicina nuclear para auxiliar no diagnóstico e estadiamento dos tumores. Uma substância chamada FDG (fluorodeoxiglicose) que é uma forma de açúcar radioativo, é injetada através de uma veia. Como as células cancerígenas consomem muita glicose, o exame revela os locais onde existe acometimento por tumor, seja o tumor primário ou metástases.

Não são todos os pacientes que têm indicação de realizar esse exame. Em casos muito iniciais ou em casos no qual a tomografia já revelou metástases, não necessitam de exame de PET. Atualmente a maioria dos aparelhos combina o exame de PET scan com tomografia, somando o benefício dos dois métodos, sendo o exame chamado de PET-CT.

Ressonância Magnética (RM)
Em câncer de esôfago, a ressonância magnética pode ser solicitada para complementar a avaliação de áreas específicas onde há suspeita de metástases como cérebro ou fígado.

Broncoscopia, Toracoscopia e Laringoscopia
São exames complementares invasivos, realizados por profissionais especialistas, que tem por objetivo avaliar, em casos específicos a extensão do tumor para outros órgãos.

Quais sãos os estágios do câncer de esôfago?
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Quanto mais inicial o câncer de esôfago, maior é a chance de cura. No estágio 0, o câncer está restrito a camada mais interna do esôfago e nesse estágio a taxa de cura é alta. No estágio I, o tumor infiltra somente as camadas mais internas do esôfago.

No estágio II o tumor já infiltra todas as camadas do esôfago e pode apresentar metástases para até 2 linfonodos. No estágio III, o tumor já acomete mais linfonodos e pode apresentar infiltração limitada de outros órgãos. No estágio IV o tumor infiltra órgãos adjacentes e linfonodos ou já apresenta metástases para outros órgãos.

Como prevenir o câncer de esôfago?
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A maioria dos cânceres não podem ser totalmente prevenidos. Mas, a melhor estratégia para diminuir o risco de desenvolver um câncer de esôfago é evitar a exposição aos fatores de risco, que são bem conhecidos. Os principais fatores de risco e medidas preventivas são citados a seguir:

Evite o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas
O cigarro é o principal fator de risco para câncer de esôfago e quando associado ao etilismo o risco é ainda maior. O tabagismo está relacionado tanto ao risco do câncer tipo adenocarcinoma, quanto ao carcinoma epidermóide, e no caso do adenocarcinoma o aumento do risco permanece mesmo se o paciente parar de fumar.

Mantenha hábitos saudáveis e controle o peso
A obesidade está diretamente relacionada ao aumento do risco de câncer do esôfago do tipo adenocarcinoma. Pesquisas recentes revelam que manter hábitos saudáveis como diminuir o consumo de carnes vermelhas, principalmente carnes processadas, e aumentar o consumo de vegetais frescos não processados, diminui o risco de diversos tipos de câncer incluindo o de esôfago.

Trate a doença do refluxo
O tratamento precoce do refluxo pode evitar o Esôfago de Barret e diminuir a chance de o indivíduo desenvolver alterações pré-malignas. O tratamento é feito com medicamentos como os inibidores de bomba de prótons, além de outras terapias e mudanças comportamentais. Se você é portador de doença do refluxo, procure um especialista.

Sou o Dr. Marciano Anghinoni

Dr. Marciano Anghinoni - Médico Oncologista

Bem-vindo ao meu site pessoal. Sou Médico Cirurgião Oncológico com formação complementar em tumores do aparelho digestivo, incluindo os tumores do fígado, pâncreas e vias biliares, além dos tumores do peritônio e retroperitônio.  Atuo na cidade de Curitiba/PR.

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Meu consultório fica em Curitiba no Centro de Oncologia do Paraná, local de fácil acesso e um dos mais bem conceituados centros de tratamentos oncológicos do Brasil.

Faço parte do corpo clínico dos principais hospitais de Curitiba, onde realizo cirurgias oncológicas do aparelho digestivo por via convencional, laparoscópica e robótica.