Saiba mais sobre o tratamento do Câncer do intestino grosso (do cólon e do reto)

Nos estágios iniciais o câncer do intestino grosso tem boas chances de cura.

O que é ocâncer do intestino grosso?

O câncer do intestino grosso inclui os tumores do cólon (maior porção do intestino grosso) e do reto (porção final do intestino grosso), por isso também é chamado câncer colorretal. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que aparecem na camada interna do intestino e que podem ser removidas por colonoscopia.

É um dos cânceres mais comuns e na maioria dos casos é curável quando diagnosticado nos estágios iniciais.

Os principais fatores de risco são: idade acima de 50 anos, obesidade sedentarismo, consumo excessivo de carnes processadas (embutidos em geral, bacon, carne seca etc.) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana).

O tabagismo e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas também aumentam o risco. As doenças inflamatórias intestinais também se configuram como fator de risco isolado. Pessoas com parentes de primeiro grau com esse tipo de câncer tem maior risco e existem síndromes genéticas que estão associadas ao câncer colorretal.

Alguns dados quevocê precisa saber!

Terceiro câncer mais
comum
em homens
e segundo mais comum
em mulheres

No mundo 20 milhões de pessoas são diagnosticadas com esse câncer a cada ano e quase 10 milhões de pessoas morrem vítima desse câncer ao ano

Nas fases iniciais
a taxa de cura
pode chegar a 90%

Quais os principaissintomas do câncerdo intestino grosso?

  • sangue nas fezes
  • dor ou desconforto abdominal
  • alteração do hábito intestinal (diarreia prolongada ou prisão de ventre)
  • anemia
  • perda de peso sem causa aparente
  • alteração no calibre das fezes (fezes mais finas)
  • náuseas e vômitos
  • nos casos de obstrução intestinal pelo tumor: distensão (inchaço) abdominal, dor abdominal intensa, parada da eliminação de gazes e fezes e vômitos

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, e estão presentes em outras doenças comuns, mas é importante que eles sejam investigados, principalmente se não melhorarem em alguns dias.

Quais os principais tratamentos para o câncer do intestino grosso?

Muitos tumores bem iniciais são tratados por um procedimento endoscópico, por colonoscopia ou outras técnicas. Nos tumores iniciais do reto, um procedimento chamado TEM (microcirurgia endoscópica transanal) pode ser a escolha. Para a maioria dos pacientes, a cirurgia é o tratamento principal, retirando a parte do intestino afetada.

Na cirurgia, é realizado uma anastomose (emenda) após a retirada do tumor, para reestabelecer a continuidade do trato digestivo. Em poucas situações de tumores avançados do reto distal, uma colostomia (cirurgia que adapta o intestino na pele do abdome para coleta das fezes por meio de bolsas coletoras) em caráter definitivo é necessária. Para os tumores do reto, a radioterapia com quimioterapia neoadjuvante (antes da cirurgia) é realizada para diminuir o tamanho do tumor, facilitar a cirurgia e aumentar o controle oncológico local.

A quimioterapia pode ser indicada após a cirurgia, dependendo do estágio da doença. Nos casos de tumores muito avançados, não operáveis, o tratamento pode incluir a quimioterapia, a terapia alvo-molecular e a imunoterapia. No caso de metástases, em muitas situações pode-se indicar o tratamento cirúrgico, ou outras terapias, sendo que as metástases de câncer de intestino para o fígado e pulmão são situações onde ainda existe chance de cura da doença se forem adequadamente tratadas.

A técnica cirúrgica e via de acesso dependerão da localização da lesão e se o tumor está localizado ou avançado. A maioria dos casos são tratados por cirurgias minimamente invasivas, como a laparoscopia e cirurgia robótica. Nossa equipe realiza todas as formas de tratamento cirúrgico do câncer colorretal.

Ficou com alguma dúvida?Confira algumas perguntas frequentes

Quais os fatores de risco para o Câncer Colorretal?
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Sedentarismo
A falta de atividade física aumenta o risco de câncer de intestino em homens e mulheres.

Excesso de peso
A obesidade e o sobrepeso aumentam o risco de desenvolver e morrer de câncer colorretal, sobretudo em homens.

Alguns tipos de alimentos
Uma dieta rica em carnes vermelhas (como carne bovina, carne de porco, cordeiro ou fígado) e carnes processadas (como salsichas) aumenta o risco de câncer colorretal.

Cozinhar carnes a temperaturas muito altas (fritar, assar ou grelhar) cria substâncias químicas que podem aumentar o risco de câncer.

Tabagismo
Fumar é uma causa bem conhecida de câncer de pulmão , mas está ligado a muitos outros tipos de câncer também. As pessoas que fumam tabaco há muito tempo são mais propensas que os não-fumantes à desenvolver e morrer de câncer colorretal

Abuso de bebidas alcoólicas
Acredita-se que o consumo regular de álcool em pequenas quantidades pode ser benéfico ao coração, mas pesquisas recentes revelam que o álcool em qualquer quantidade está associado ao maior risco de câncer, incluindo câncer de intestino.

Idade
O risco de câncer colorretal aumenta com a idade, sendo mais comum após os 50 anos.

História de pólipos colorretais ou câncer
Uma história de pólipos adenomatosos (adenomas), está associada à um risco aumentado de desenvolver câncer colorretal. Esse risco é ainda maior se os pólipos forem grandes, se houver muitos deles, ou se algum deles mostrar displasia.
Se uma pessoa já teve câncer colorretal, mesmo que completamente tratado, ela tem um risco maior de desenvolver novos cânceres em outras partes do intestino.

História pessoal de doença inflamatória intestinal
Em pessoas com doença inflamatória intestinal (DII), incluindo colite ulcerativa ou doença de Crohn, o risco de câncer colorretal é aumentado.

História familiar de câncer colorretal ou pólipos adenomatosos
A maioria dos cânceres colorretais é encontrada em pessoas sem história familiar. A minoria dos cânceres de intestino tem origem genética. Pessoas com histórico de câncer colorretal em um parente de primeiro grau (pai, irmão ou criança) tem maior risco.
Pessoas com membros da família que tiveram pólipos adenomatosos também tem um risco maior de câncer de cólon.

Síndrome hereditárias
As síndromes hereditárias mais comuns relacionadas ao câncer colorretal são a síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário sem polipose, ou HNPCC) e a polipose adenomatosa familiar (PAF), mas outras síndromes mais raras também podem aumentar o risco de câncer colorretal.

Raça
Americanos de origem africana têm a maior incidência de câncer colorretal e as taxas de mortalidade. As razões para isso não são totalmente compreendidas.
Judeus descendentes de europeus orientais )têm um dos maiores riscos de câncer colorretal de qualquer grupo étnico no mundo.

Diabetes tipo 2
Pessoas com diabetes tipo 2 (geralmente não dependente de insulina) têm um risco aumentado de câncer colorretal. Tanto o diabetes tipo 2 quanto o câncer colorretal compartilham alguns dos mesmos fatores de risco (como excesso de peso e inatividade física).

Como é feito o rastreamento do Câncer do Intestino Grosso?
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Rastreamento é o processo de procurar pelo câncer ou lesões pré-cancerígenas em pessoas que não apresentam sintomas da doença. O rastreamento é uma das armas mais poderosas contra o câncer colorretal.

O rastreamento pode frequentemente diagnosticar o câncer colorretal precocemente, quando ele ainda é pequeno e não se espalhou e por isso é com maiores chances de cura. O rastreamento regular pode até prevenir o câncer colorretal . Um pólipo pode levar de 10 a 15 anos para se transformar em câncer. Com a triagem, os médicos podem encontrar e remover pólipos antes que eles tenham a chance de se transformar em câncer.

Exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes
A pesquisa de sangue oculto nas fezes pode ser o primeiro exame a ser solicitado, no entanto esse exame é mais utilizado para rastreamento. Quando existe a forte suspeita de câncer de intestino grosso o médico geralmente solicita uma colonoscopia.

Um exame de sangue nas fezes não precisa ser realizado se a pessoa já tiver feito um outro exame que revele alta suspeita de câncer de intestino. Nesse caso uma colonoscopia deve ser realizada.

Exames laboratoriais
Hemograma completo (CBC): Esse exame avalia os diferentes tipos de células no sangue e pode mostrar se a pessoa tem anemia. Algumas pessoas com câncer colorretal tornam-se anêmicas porque o tumor está sangrando há muito tempo.
Enzimas hepáticas: Avaliam a função hepática e podem sugerir metástases no fígado.

Marcadores tumorais: As células cancerígenas colorretais, por vezes, produzem substâncias chamadas marcadores tumorais que podem ser encontradas no sangue. Os marcadores tumorais mais comuns para o câncer colorretal são o antígeno carcinoembrionário (CEA) e CA 19-9.

Colonoscopia diagnóstica
Uma colonoscopia diagnóstica é feita quando uma pessoa está com sintomas, ou quando anormal foi encontrado em outro tipo de exame de rastreamento, como por exemplo, se o exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes deu positivo.
É um exame invasivo, que requer preparo intestinal com o uso de laxantes fortes e de sedação por médico anestesista para que o paciente possa tolerar o exame.

Retossigmoidoscopia
Este exame pode ser feito se houver suspeita de câncer retal. Atualmente esse exame é mais realizado para avaliar doenças benignas do reto e sigmoide, por não requer um preparo intestinal tão intenso quanto para a realização de colonoscopia. A desvantagem é que o exame não avalia todo o intestino, por isso a colonoscopia é considerada um exame mais completo.

Biópsias
Se uma lesão suspeita é encontrada durante um exame de colonoscopia, é realizada uma biópsia. Na biópsia o médico remove um pequeno pedaço de tecido com um instrumento especial. Menos frequentemente, parte do cólon pode precisar ser removida cirurgicamente para fazer o diagnóstico.

Tomografia computadorizada (TC)
O exame é comumente solicitado e além de avaliar a localização da lesão, esse exame pode ajudar a saber se o câncer de cólon se espalhou para o fígado ou outros órgãos.

Ultrassonografia abdominal
Esse exame pode ser utilizado para procurar tumores no fígado, na vesícula biliar, no pâncreas ou em qualquer outro local do abdômen, mas não tem boa precisão para tumores do intestino

Ultrassonografia endorretal
Este teste usa um transdutor especial inserido no reto. Ele é indicado para avaliar o grau de acometimento da parede do reto ( o quanto o tumor cresceu para a profundidade), e auxiliar na escolha do melhor tratamento

Ressonância magnética (RM)
A ressonância magnética pode ser usada para examinar áreas anormais no fígado ou no cérebro e na medula espinhal que poderiam ser disseminadas pelo câncer. Pode ser utilizada também para tumores volumosos do reto para melhor avaliação da relação do tumor com os órgãos próximos.

Raio-x do tórax
Um raio-x pode ser feito após o câncer colorretal ter sido diagnosticado para avaliar se o câncer se espalhou para os pulmões. No entanto, em casos mais avançados, a tomografia avalia melhor a possibilidade de metástases pulmonares

Tomografia por emissão de pósitrons (PET – CT)
O exame de PET não é obrigatório no diagnóstico do câncer colorretal mas pode ser solicitado em tumores muito agressivos para avaliar melhor a chance de metástases ou quando há dúvida no diagnóstico de lesões metastáticas por outros exames

Para mais informações sobre rastreamento – consulte o artigo “RASTREAMENTO DO CÂNCER DE INTESTINO GROSSO”, na seção BLOG.

Quais são os estágios do Câncer do Intestino Grosso?
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Os cânceres colorretais no estágio mais precoce são chamados de estágio 0 (um câncer muito precoce) e, em seguida, variam dos estágios I (1) até IV (4). Como regra geral, quanto menor o estágio, menos o câncer se espalhou e maior é chance de cura. No estágio 4, já existe metástase. No entanto, ao contrário de outros tipos de câncer, o câncer colorretal mesmo no estágio IV ainda pode ser curado em muitos casos.

Sou o Dr. Marciano Anghinoni

Dr. Marciano Anghinoni - Médico Oncologista

Bem-vindo ao meu site pessoal. Sou Médico Cirurgião Oncológico com formação complementar em tumores do aparelho digestivo, incluindo os tumores do fígado, pâncreas e vias biliares, além dos tumores do peritônio e retroperitônio.  Atuo na cidade de Curitiba/PR.

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Meu consultório fica em Curitiba no Centro de Oncologia do Paraná, local de fácil acesso e um dos mais bem conceituados centros de tratamentos oncológicos do Brasil.

Faço parte do corpo clínico dos principais hospitais de Curitiba, onde realizo cirurgias oncológicas do aparelho digestivo por via convencional, laparoscópica e robótica.