Tenho doença do refluxo. O meu risco de câncer é maior?
A doença do refluxo gastroesofágico, ou simplesmente refluxo, acomete cerca de 15-20% da população e a maioria das pessoas não apresenta sintomas.

Como ocorre o refluxo?

O esôfago é um órgão que funciona como um tubo que conecta a boca ao estômago. No final dele, há um anel de músculos chamado esfíncter esofágico inferior, responsável por evitar que os ácidos estomacais “refluam” (subam) para o esôfago.

Na maioria das vezes, o refluxo é normal, e pode ocorrer quando comemos em excesso ou quando deitamos após a refeição. Quando, por algum fator, o ácido do estômago refluiu para o esôfago, de maneira crônica e intensa, a doença está instalada.

Quais são os sintomas da doença do refluxo?

  • Azia;
  • Sensação de gosto “azedo” na garganta;
  • Tosse crônica;
  • Rouquidão;
  • Pigarro.

Os principais fatores relacionados ao refluxo são:

  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo e regular de bebidas alcoólicas;
  • Excesso de café e bebidas gaseificadas;
  • Alguns medicamentos anti-inflamatórios;
  • Estresse e ansiedade;
  • Uma condição chamada hérnia de hiato.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por exames de endoscopia, e outros exames que medem a acidez e o funcionamento do esôfago. Estes exames são geralmente solicitados por um clínico geral ou médico gastroenterologista.

Quais as consequências de não se realizar o tratamento?

Se não diagnosticada e não tratada, a doença do refluxo pode levar a alterações crônicas e pré-cancerígenas como o Esôfago de Barret. O Esôfago de Barret é uma doença que ocorre quando há uma mudança nas células que revestem a parte inferior do esôfago, devido à exposição frequente ao ácido do estômago, causada pelo refluxo gastroesofágico.

Como é o tratamento?

O tratamento é baseado em mudanças comportamentais, dietéticas e por meio de medicamentos. Quando não ocorre melhora, uma cirurgia antirrefluxo pode ser necessária.

Como evitar a doença do refluxo e um possível câncer no esôfago?

  • Evitar alimentos e bebidas que possam irritar o estômago ou aumentar a produção de ácido, como frituras, salgadinhos, refrigerantes, café, chocolate, frutas cítricas, pimenta, alho e cebola;
  • Fazer refeições menores e mais frequentes, mastigando bem os alimentos e evitando comer muito rápido ou sob estresse;
  • Não se deitar logo após comer, esperando pelo menos duas horas para facilitar a digestão;
  • Manter um peso saudável, pois, o excesso de gordura abdominal pode aumentar a pressão sobre o estômago e favorecer o refluxo;
  • Evitar fumar e beber álcool, pois, esses hábitos podem prejudicar o funcionamento da válvula que impede o refluxo.

Como vimos, alguns fatores que levam ao refluxo e ao câncer de esôfago podem ser evitados com mudanças comportamentais simples. Lembre-se de consultar um médico se os sintomas persistirem ou piorarem, pois, pode ser necessário usar medicamentos, fazer outros exames e até uma cirurgia!

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Sou o Dr. Marciano Anghinoni

Cirurgião oncológico com formação complementar focada no tratamento do câncer do aparelho digestivo, além de tumores do retroperitônio e das neoplasias peritoneais.

Atuo dentro de grupos de excelência no tratamento oncológico em Curitiba/PR.

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