A resposta é sim. Alguns tipos de gastrite, sem não tratadas, têm um risco maior de evoluir para o câncer do estômago. Como a gastrite crônica atrófica, a metaplasia intestinal e as gastrites com a presença da bactéria Helicobacter pylori.
Quais as causas da gastrite?
Algumas causas para a gastrite podem incluir: uso prolongado do ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios (AINEs), gastrite autoimune (quando o organismo produz anticorpos contra a própria mucosa gástrica), tabagismo, obesidade, além de ingestão abusiva e prolongada de bebidas alcoólicas. No entanto essa gastrite aguda tem menos chances de evoluir para câncer.
Quais tipos de gastrite estão relacionados com a evolução para o câncer de estômago?
Alguns tipos de gastrite como a gastrite crônica atrófica, e as gastrites com a presença da bactéria Helicobacter pylori, podem evoluir para um tumor maligno. A gastrite crônica atrófica indica que há uma alteração no revestimento interno do estômago, a mucosa gástrica, que também pode ser causada pela H. pylori. Nesse caso, o médico definirá o tipo de tratamento necessário e a repetição periódica de exames. Essa inflamação acaba provocando atrofia da mucosa e uma alteração pré-maligna chamada metaplasia epitelial. A metaplasia pode evoluir para a displasia, sendo que o degrau seguinte é o câncer. Esse processo evolutivo pode levar anos ou décadas para se desenvolver.
O que fazer quando o exame da H. pylori der positivo?
Quando for identificada a presença da Helicobacter pylori no estômago, a recomendação atual é a de que a gastrite deverá ser tratada com um coquetel de antibióticos a fim de eliminar a bactéria e interromper a inflamação do estômago que pode levar ao câncer. No entanto, somente uma parcela muito pequena das pessoas portadoras de H. pylori irão desenvolver o câncer no estômago. A bactéria é muito comum e está presente em praticamente metade da população, sem manifestar qualquer sintoma.
Qual tipo de exame é feito para diagnosticar a H. pylori?
A endoscopia é o exame que faz o diagnóstico do tipo da gastrite e verifica se a bactéria H. pylori está presente. Além disso, a endoscopia permite a realização de biópsias de áreas suspeitas de gastrite crônica atrófica, metaplasia, displasia e câncer. Pacientes com diagnóstico de gastrite crônica atrófica necessitam ser acompanhados por especialista, e, além disso, devem realizar endoscopias frequentes, para que as lesões precursoras, como a metaplasia e a displasia sejam tratadas antes de evoluírem para o câncer.
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