Nos países desenvolvidos a incidência desse câncer está diminuindo.

O que é ocâncer de estômago?

O câncer de estômago mais comum é o adenocarcinoma, que se inicia nas camadas internas do órgão.

Fatores de risco incluem: obesidade, maus hábitos alimentares, etilismo, tabagismo, e condições precursoras como a gastrite crônica atrófica e o Helicobacter pylori.

Sobre a dieta, uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com um alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal são fatores de risco para o aparecimento deste tipo de câncer.

Alguns dados quevocê precisa saber!

No Brasil, o câncer de estômago é o terceiro tipo mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres.

A maior incidência é em homens com idade média de 70 anos

95 % dos casos
são do tipo
adenocarcinoma

Quais os principaissintomas do câncer de estômago?

Nas fases iniciais os sintomas são inespecíficos e incluem sensação de azia e mal-estar, náuseas, dor abdominal, sensação de estômago cheio. A medida que a doença avança os sintomas incluem vômitos com ou sem sangue, distensão abdominal, sensação de massa palpável no abdome, emagrecimento.

Quais os principais tratamentos para o câncer do estômago?

Nos estágios iniciais o tratamento do câncer do estômago pode ser realizado por uma endoscopia que remove a área acometida. Nos estágios mais avançados, mas com doença ainda localizada no estômago (sem metástases), o tratamento é feito por uma cirurgia que remove uma parte (gastrectomia parcial) ou todo o estômago (gastrectomia total). Atualmente a quimioterapia pode ser realizada antes da cirurgia.

Ficou com alguma dúvida?Confira algumas perguntas frequentes

Quais são os fatores de risco do câncer de estômago?
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Gênero
O câncer de estômago é mais comum em homens que em mulheres.

Idade
Há um aumento acentuado nas taxas de câncer de estômago em pessoas com mais de 50 anos. A maioria das pessoas diagnosticadas com câncer de estômago tem entre 60 e 80 anos.

Etnia
Em todo o mundo, o câncer de estômago é mais comum no Japão, na China, no sul e no leste da Europa, e na América do Sul e Central. Esta doença é menos comum na África Setentrional e Ocidental, no Sul da Ásia Central e na América do Norte.

Infecção por Helicobacter Pylori
A infecção prolongada do estômago por esse germe pode levar à inflamação (chamada de gastrite atrófica crônica) e a alterações pré-cancerosas do revestimento interno do estômago, como a gastrite crônica atrófica, a metaplasia e a displasia. A infecção por H. Pylori também está ligada a alguns tipos de linfoma do estômago. Mesmo assim, a maioria das pessoas que carrega esse germe no estômago nunca desenvolve câncer. Atualmente existe muita controvérsia em relação a quando o H. Pylori deve ser tratado em pacientes sem nenhum sintoma.

Tabagismo
Fumar aumenta o risco de câncer de estômago, particularmente para cânceres da parte superior do estômago perto do esôfago. A taxa de câncer de estômago é duas vezes maior em fumantes.

Fatores alimentares
Várias pesquisas revelam que pessoas com hábitos de consumo de alimentos defumados, peixes e carnes salgadas, além de legumes em conserva, tem maior risco de câncer de estômago. Nitratos e nitritos são substâncias comumente encontradas em carnes curadas e estão associados com aumento do risco. Por outro lado, comer muitas frutas e vegetais frescos parece diminuir o risco de câncer de estômago.

Obesidade
Estar acima do peso ou obeso é uma possível causa de câncer da cárdia (a parte superior do estômago mais próxima do esôfago).

Cirurgia prévia de estômago
Os cânceres de estômago podem se desenvolver em pessoas que tiveram parte de seu estômago removido para tratar doenças não-cancerosas, como úlceras, o que era comum no passado. Isso porque o estômago produz menos ácido, o que permite a presença de mais bactérias produtoras de nitrito. O refluxo da bile do intestino delgado para o estômago, após a cirurgia, também pode aumentar o risco. Esses cânceres geralmente se desenvolvem muitos anos após a cirurgia.

Anemia perniciosa
Na anemia perniciosa ocorre diminuição no nível de vitamina B12 no sangue em decorrência de má absorção. Juntamente com a anemia, as pessoas com esta doença têm um risco aumentado de câncer de estômago.

Doença de Menetrier (Gastropatia Hipertrófica)
Nessa condição, o crescimento excessivo do revestimento do estômago causa grandes dobras e leva a baixos níveis de ácido gástrico. É uma doença rara e sua presença está associada a maior risco de câncer de estômago.

Tipo sanguíneo “A”
Por razões desconhecidas, as pessoas com sangue tipo A têm maior risco de desenvolver câncer de estômago.

Síndromes hereditárias
Algumas doenças hereditárias podem aumentar o risco de câncer de estômago, como:

– Câncer gástrico difuso hereditário
Causado por um defeito no gene CDH1.

– Síndrome de Lynch ou câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC):
A síndrome de Lynch (anteriormente conhecida como HNPCC) é um distúrbio genético hereditário que aumenta o risco de câncer colorretal, câncer de estômago e alguns outros tipos de câncer.

– Polipose adenomatosa familiar
Na PAF, as pessoas desenvolvem pólipos no cólon e reto. As vezes, pessoas com esta síndrome têm um risco muito maior de contrair câncer colorretal e têm um risco ligeiramente maior de contrair câncer de estômago.

– Síndrome de Li-Fraumeni
As pessoas com esta síndrome têm um risco aumentado de vários tipos de câncer, incluindo o desenvolvimento de câncer de estômago em uma idade relativamente jovem.

– Síndrome de Peutz-Jeghers
As pessoas com essa condição desenvolvem pólipos no estômago e nos intestinos, bem como em outras áreas, incluindo o nariz, as vias aéreas dos pulmões e a bexiga.

Histórico familiar de câncer de estômago
Pessoas com parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) que tiveram câncer de estômago têm maior probabilidade de desenvolver essa doença.

Infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV)
O vírus Epstein-Barr causa mononucleose infecciosa (também chamada mono). O EBV tem sido associado a algumas formas de linfoma. Também é encontrado nas células cancerígenas de cerca de 5% a 10% das pessoas com câncer de estômago. Essas pessoas tendem a ter um câncer mais lento, menos agressivo e com menor tendência a se espalhar.

Ocupação profissional
Os trabalhadores das indústrias de carvão, metal e borracha parecem ter um risco maior de contrair câncer de estômago.

Como é feito o diagnóstico do câncer de estômago?
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Endoscopia Digestiva Alta
A endoscopia digestiva alta é o principal exame utilizado para diagnosticar o câncer de estômago. Pode ser realizada quando há suspeita de câncer de estômago, geralmente quando há sintomas ou como exame de rastreamento em pessoas com alto risco. Quando uma lesão suspeita é encontrada, o endoscopista realiza biopsias.

Ecoendoscopia
Na ultrassonografia endoscópica (EUS), também chamada de ecoendoscopia, o endoscopista pode avaliar as camadas da parede do estômago, bem como os nódulos linfáticos próximos à outras estruturas fora do estômago. O exame também permite a realização de biopsias.

Serigrafia
É um exame solicitado com menos frequência do que a endoscopia para diagnosticar o câncer de estômago ou outros problemas gástricos, já que ele pode não visualizar lesões iniciais ou áreas anormais e não permite que o médico retire amostras de biopsias. Mas é menos invasivo que a endoscopia e pode ser útil em algumas situações.

Tomografia computadorizada (TC)
A tomografia computadorizada avalia o estômago com bastante clareza e muitas vezes pode confirmar a localização do câncer. A tomografia computadorizada também pode avaliar os órgãos próximos ao estômago, como o fígado, bem como os gânglios linfáticos e órgãos distantes, onde o câncer pode ter se espalhado. A tomografia computadorizada pode ajudar a determinar a extensão (estágio) do câncer e se a cirurgia pode ser uma boa opção de tratamento.

Ressonância magnética (RM)
O exame de ressonância magnética fornece imagens detalhadas de tecidos moles no corpo. A tomografia geralmente é o exame inicial para se estudar a extensão do câncer de estômago, mas a ressonância pode ser solicitada em casos específicos.

Tomografia por emissão de pósitrons (PET)
Esse exame utiliza a medicina nuclear para auxiliar no diagnóstico e estadiamento dos tumores. Uma substância chamada FDG (fluorodeoxiglicose) que é uma forma de açúcar radioativo, é injetada através de uma veia. Como as células cancerígenas consomem muita glicose, o exame revela os locais onde existe acometimento por tumor, seja o tumor primário ou metástases. Não são todos os pacientes que tem indicação de realizar esse exame. Casos muito iniciais ou casos onde a tomografia já revelou metástases, não necessitam de exame de PET. Atualmente a maioria dos aparelhos combina o exame de PET scan com tomografia, somando o beneficio dos dois métodos, sendo o exame chamado de PET-CT.

Laparoscopia
Embora tomografia computadorizada ou ressonância magnética possam fornecer imagens detalhadas do interior do corpo, esses exames podem não detectar alguns tumores, especialmente tumores muito pequenos. Os médicos podem fazer uma laparoscopia antes de qualquer outra cirurgia para ajudar a confirmar que o câncer ainda está apenas no estômago e pode ser removido completamente com a cirurgia.

Outra indicação recente da laparoscopia é nos casos onde existe a suspeita de metástases no peritônio. Atualmente muitos pacientes iniciam o tratamento com quimioterapia para depois serem submetidos à cirurgia. Nesses casos, de acordo com alguns protocolos recentes, é necessário que se avalie o peritônio para descartar metástases, antes de se iniciar o tratamento. Este é um procedimento cirúrgico e é feito em uma sala de cirurgia com o paciente sob anestesia geral. Imagens são coletadas e biopsias de lesões suspeitas podem ser realizadas.

Exames laboratoriais
O hemograma pode revelar anemia e perda de sangue pelo tumor. Outros exames como as transaminases podem sugerir metástases no fígado. A dosagem de albumina indica o grau de desnutrição do paciente. Os marcadores tumorais CEA e Ca 19.9 podem estar com níveis elevados. Exames mais específicos são solicitados de maneira mais individualizada a critério do médico.

Quais são os estágios do câncer de estômago?
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O câncer de estômago, assim como a maioria dos cânceres é estadiado de acordo como uma sistemática internacional chamada TNM.

No estágio 0 (zero) o tumor está restrito à camada mais interna do estômago e a chance de cura, mesmo sem cirurgia radical, é alta. Nesse estágio , ele é chamado de “in situ”. No estágio I , o câncer está restrito às primeiras camadas internas do órgão. No estágio II, o tumor já acomete todas as camadas do estômago e no estágio III ele já se disseminou para os linfonodos. No estágio IV o tumor já enviou metástases para órgãos à distância, como o fígado, peritônio ou outros órgãos. Quanto maior o estágio no momento do diagnóstico, pior é o prognóstico e menor é a chance de cura.

Como prevenir o câncer de estômago?
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Não existe uma maneira segura de prevenir o câncer de estômago, mas há medidas que podem ser adotadas para a diminuição do risco.

Dieta, peso corporal e atividade física
Para ajudar a reduzir seu risco, evite uma dieta rica em alimentos defumados, em conserva e carnes e peixes salgados. Uma dieta rica em frutas e vegetais frescos também pode diminuir o risco de câncer de estômago. Frutas cítricas (como laranja, limão e toranja) podem ser especialmente úteis. Escolher pães, massas e cereais integrais, em vez de grãos refinados e comer peixe, frango ou feijão em vez de carne processada e carne vermelha também pode ajudar a diminuir o risco de câncer.

A American Cancer Society recomenda manter um peso saudável ao longo da vida, equilibrando a ingestão de calorias com a atividade física. Além de possíveis efeitos sobre o risco de câncer de estômago, perder peso e ser ativo também pode ter um efeito sobre o risco de vários outros tipos de câncer e problemas de saúde.

Evitar o uso do tabaco
O uso de tabaco pode aumentar o risco de câncer do estômago proximal (a porção do estômago mais próxima do esôfago). O uso de tabaco aumenta o risco de muitos outros tipos de câncer e é responsável e está correlacionado com altas taxas de mortalidade por câncer em todo o mundo.

Tratar a infecção por Helicobacter Pylori
Ainda não está claro se as pessoas cronicamente infectados com a bactéria Helicobacter Pylori, mas que não apresentam sintomas, devem ser tratadas com antibióticos. Este é um tópico de pesquisa atual. Alguns estudos iniciais sugeriram que, dar antibióticos a pessoas com infecção por H. Pylori, poderia reduzir o número de lesões pré-cancerígenas no estômago e, desta forma, reduzir o risco de desenvolver câncer de estômago. Mas nem todos os estudos concordam com isso.

Para pessoas de alto risco
Apenas uma pequena percentagem dos cânceres gástricos é causada pela síndrome do câncer gástrico difuso hereditário. Mas é muito importante reconhecê-lo, porque a maioria das pessoas que herda essa condição acaba tendo câncer de estômago. Uma história pessoal de câncer de mama lobular invasivo antes dos 50 anos, bem como ter familiares próximos que tiveram câncer de estômago podem indicar que um pessoa tem a síndrome.

Sou o Dr. Marciano Anghinoni

Dr. Marciano Anghinoni - Médico Oncologista

Bem-vindo ao meu site pessoal. Sou Médico Cirurgião Oncológico com formação complementar em tumores do aparelho digestivo, incluindo os tumores do fígado, pâncreas e vias biliares, além dos tumores do peritônio e retroperitônio.  Atuo na cidade de Curitiba/PR.

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Marciano Anghinoni - Doctoralia.com.br

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Ofereço atendimento personalizado e possuo serviço de concierge e parceria com empresa especializada em turismo médico para pacientes de outras cidades que desejam se tratar com nossa equipe em Curitiba.

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O tratamento do câncer exige agilidade e uma abordagem individualizada.

Meu foco de atuação é o tratamento dos tumores do aparelho digestivo, peritônio e retroperitônio. Após uma consulta humanizada, cada caso é discutido em uma reunião multidisciplinar com vários especialistas, uma tendência mundial que se reflete em melhores resultados e maior chance de cura. Quando uma cirurgia é indicada, realizo os procedimentos por via laparotômica (cirurgia aberta), laparoscópica ou robótica, de acordo com o caso e a indicação. Faço parte de uma equipe de cirurgiões especialistas focados no tratamento do câncer digestivo, que atua nos melhores e mais conceituados hospitais de Curitiba.

Meu consultório fica em Curitiba no Centro de Oncologia do Paraná, local de fácil acesso e um dos mais bem conceituados centros de tratamentos oncológicos do Brasil.

Faço parte do corpo clínico dos principais hospitais de Curitiba, onde realizo cirurgias oncológicas do aparelho digestivo por via convencional, laparoscópica e robótica.