Rastreamento é o processo de procurar pelo câncer ou uma lesão precursora em pessoas que não apresentam sintomas da doença. O rastreamento regular é uma das armas mais poderosas contra o câncer colorretal.
O rastreamento pode frequentemente encontrar o câncer colorretal em estágio inicial, quando ele é pequeno e ainda não se espalhou. Nesse estágio o tumor é mais fácil de tratar e o chance de cura é muito maior.
Além disso, o rastreamento regular pode até prevenir o câncer colorretal, pois, sabe-se que um pólipo pode levar entre 10 a 15 anos para se transformar em câncer. Desta forma, com a triagem, os médicos podem encontrar e remover pólipos antes que eles tenham a chance de se transformar em câncer.
Por que o rastreamento do câncer colorretal é importante?
O câncer colorretal é uma das principais causas de morte por câncer entre homens e mulheres no mundo inteiro. Porém, a taxa de mortalidade (o número de mortes por 100.000 pessoas por ano) de câncer colorretal vem caindo há várias décadas. Uma razão para isso é que os pólipos colorretais são agora mais frequentemente encontrados pelo rastreamento e removidos antes que possam se transformar em cânceres.
Quando o câncer colorretal é encontrado em um estágio inicial, antes de se espalhar, a taxa de sobrevida relativa em 5 anos é de cerca de 90%. Contudo, apenas cerca de 4 de 10 cânceres colorretais são encontrados neste estágio.
Porém, quando o câncer se espalha para fora do cólon ou reto, as taxas de sobrevivência são menores. Todavia, existem vários protocolos para o rastreamento do câncer de intestino e, a escolha dependerá da idade, história familiar (parentes próximos com câncer de intestino ou pólipos) e hábitos comportamentais. Para a prevenção, o principal exame de rastreamento realizado é a colonoscopia.
Quando fazer a colonoscopia?
Pessoas com mais de 50 anos devem fazer o exame para detectar precocemente o câncer de intestino segundo as recomendações brasileiras. No entanto, a Sociedade Americana de Câncer recomenda que a primeira colonoscopia deve ser feita aos 45 anos de idade. Já para pessoas que têm parentes próximos com câncer do intestino grosso ligadas às síndromes hereditárias de câncer (como a Síndrome de Lynch), a recomendação é de que o primeiro exame seja feito aos 40 anos.
Pessoas que estão com boa saúde e com uma expectativa de vida de mais de 10 anos devem continuar o rastreamento do câncer colorretal regularmente até os 75 anos de idade. Para pessoas com idades entre 76 e 85 anos, a decisão de fazer o rastreamento deve basear-se nas preferências da pessoa, na sua expectativa de vida, na sua saúde geral e no seu histórico de triagem anterior. E, por fim, pessoas com mais de 85 anos não devem mais fazer o rastreamento do câncer colorretal.
Fonte: www.cancer.org