Um estudo recente realizado na Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia-EUA e publicado numa revista científica de grande relevância, o Journal of Clinical Oncology, revelou que a obesidade foi mais prevalente em pacientes com história de câncer de intestino e câncer de mama, quando se comparou com a população geral.
Taxas de obesidade entre os sobreviventes de câncer
Este estudo é um dos primeiros a comparar taxas de obesidade entre os sobreviventes de câncer dos EUA e adultos sem história de câncer.
Foram analisados 32.447 pacientes que trataram câncer, entre 1997 a 2014.
Os grupos de pessoas com as taxas mais altas de obesidade crescente foram os sobreviventes de câncer colorretal seguidos por sobreviventes de câncer de mama.
No período do estudo, a prevalência de obesidade aumentou de 22% para 32% em sobreviventes de câncer e de 21% para 29% de adultos sem história de câncer.
Durante este tempo, as taxas de obesidade aumentaram mais rapidamente nas mulheres com câncer de mama e intestino em comparação com os homens com o mesmos cânceres e também em comparação com as mulheres sem história de câncer.
Obesidade é um problema crescente de saúde pública
Os resultados do estudo sugerem que a obesidade é um problema crescente de saúde pública, incluindo os pacientes que tiveram câncer.
Essa situação deve ser encarada pela comunidade científica e órgãos de saúde pública mundial como um alvo para intervenções direcionadas, incluindo esforços de controle de peso para evitar as crescentes tendências de obesidade que estamos constatando em pacientes que tiveram câncer.
Texto: Dr. Marciano Anghinoni
Referência: H. Greenlee, Z. Shi, C.L. Sardo Molmenti, A. Rundle, W. Y. Tsai. Tendências da Prevalência da Obesidade em Adultos com História de Câncer: Resultados da Pesquisa Nacional de Saúde dos EUA, 1997 a 2014. Journal of Clinical Oncology, 2016; DOI: 10.1200 / JCO.2016.66.4391