A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) é uma agência intergovernamental que faz parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) das Nações Unidas (ONU). Sua missão é coordenar e conduzir pesquisas sobre as causas do câncer humano e os mecanismos de carcinogênese.
A IARC realiza estudos abrangentes para identificar fatores de risco e avaliar a carcinogenicidade de substâncias, agentes biológicos e exposições ambientais. Ela classifica substâncias com base em evidências científicas, atribuindo categorias como cancerígeno para humanos, provavelmente cancerígeno para humanos, etc.
A IARC desempenha um papel crucial na pesquisa, classificação e disseminação de informações sobre o câncer. Seu trabalho contribui para a proteção da saúde global e a promoção de estratégias eficazes de prevenção e tratamento.
O consumo da carne vermelha e o risco de desenvolver câncer segundo a IARC
Não é segredo que a carne vermelha tem sido alvo de debates acalorados quando se trata de saúde, especialmente em relação ao desenvolvimento de certos tipos de câncer. Estudos robustos têm revelado uma forte associação entre o consumo de carne vermelha e o aumento do risco de câncer de cólon, reto, pâncreas e próstata. Essas descobertas importantes não devem ser ignoradas.
A IARC (ONU) classificou a carne vermelha, incluindo variedades como bovina, suína, cordeiro, carneiro, cavalo e cabra, como um possível carcinógeno do Grupo 2A. Médicos e agências governamentais têm alertado sobre essa associação há algum tempo, enfatizando a importância de moderação no consumo desses alimentos.
Mas o que exatamente torna a carne vermelha tão preocupante?
Pesquisadores da Universidade da Califórnia lançaram luz sobre uma possível explicação. Eles identificaram o ácido siálico Neu5Gc, uma molécula de açúcar presente na carne vermelha, como um potencial desencadeador de processos inflamatórios no organismo que podem aumentar o risco de câncer.
Embora essa molécula seja naturalmente encontrada em outros mamíferos, ela não é produzida pelo nosso corpo humano. Isso significa que nosso sistema imunológico a reconhece como estranha, desencadeando uma resposta inflamatória crônica quando consumimos carne vermelha regularmente. Estudos em ratos de laboratório, projetados para imitar seres humanos, mostraram que a ingestão de Neu5Gc resultou em inflamação sistêmica e aumento significativo na formação de tumores.
Embora ainda haja muitas perguntas a serem respondidas e testes mais complexos a serem realizados em humanos, essa descoberta pode fornecer uma peça importante do quebra-cabeça na compreensão da conexão entre carne vermelha e doenças relacionadas à inflamação crônica, como aterosclerose e diabetes tipo 2.
Qual a diretriz para consumo de carne vermelha preconizada pela IARC?
Além dos cuidados rotineiros, é essencial estar ciente das orientações da IARC para a prevenção do câncer, especialmente quando se trata do consumo de carne vermelha. Conforme destacado pela instituição:
“Como diretriz, é recomendável limitar o consumo de carne vermelha a cerca de 500 gramas por semana (500 gramas após o cozimento, equivalente a aproximadamente 700 a 750 gramas de carne crua, dependendo do corte e do método de preparo).”
Essa recomendação é crucial para ajudar a reduzir o risco de câncer de intestino e promover um estilo de vida mais saudável. Fique atento aqui no blog para mais atualizações sobre pesquisas e descobertas que moldam a nossa compreensão da oncologia e da saúde em geral. Juntos, podemos nos manter informados e tomar decisões mais conscientes em prol do bem-estar.
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