A esteatose é o termo usado para representar o acúmulo anormal de gordura em um órgão do corpo. Quando esse acúmulo ocorre no fígado, a condição é chamada de esteatose hepática.
Quais são as causas da esteatose hepática?
O etilismo, caracterizado pelo consumo exagerado de álcool por muitos anos é uma causa bastante comum de esteatose. Não se sabe qual a quantidade e o tempo de consumo que estão associados a esteatose, mas quanto maior o consumo e o tempo, maior é o risco.
Uma outra causa comum, e cuja incidência está aumentando, é o distúrbio do metabolismo relacionado a chamada resistência insulínica. Isso acontece no diabetes, pré-diabetes, hipotireoidismo, hipertensão, sobrepeso e obesidade.
Pessoas com níveis elevados de colesterol e triglicerídeos no sangue também podem apresentar esteatose. Existe uma grande preocupação atual entre os profissionais e órgãos de saúde sobre o aumento da incidência desse tipo de esteatose. Estima-se que 20 a 30% das pessoas irão desenvolver esteatose hepática em algum grau e um percentual dessas pessoas irão desenvolver consequências mais graves, como a esteta-hepatite, cirrose e câncer de fígado. Existem também causas mais raras, como hepatites e efeito tóxico de alguns medicamentos, além de causas genéticas.
1 – Quais os sintomas da esteatose hepática?
A doença geralmente é silenciosa, ou seja, não provoca sintomas. Muitas vezes, um exame de ecografia, solicitado por outro motivo, revela a esteatose hepática em algum grau.
2 – Quais as consequências da esteatose hepática?
Infelizmente a esteatose hepática é uma situação médica considerada preocupante, pois é considerada um fator de risco importante para cirrose e câncer no fígado. Além disso, a esteatose hepática não alcoólica (ligada à síndrome metabólica) aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e o derrame cerebral.
3 – A esteatose hepática é reversível? Existe tratamento?
Felizmente, a esteatose hepática é reversível. Apenas 1% das esteatose hepáticas evoluem para uma forma mais grave, que é a esteato-hepatite não-alcoólica. E dessas, 20% evoluem para cirrose e câncer no fígado.
Nas pessoas com esteatose não alcoólica, o tratamento deve ser a mudança comportamental, com o combate ao sobrepeso e aos maus hábitos alimentares, além do tratamento rigoroso dos distúrbios metabólicos, como o diabetes e a dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue). Dieta saudável e prática de atividades físicas podem contribuir para a melhora dessa condição.
4 – Como prevenir a esteatose?
Apesar do risco de evolução para câncer de fígado ser baixa, vimos que a esteatose está relacionada ao risco de outras doenças graves como o infarto cardíaco. A adoção de um estilo de vida saudável, evitando o sobrepeso e a obesidade e são importantes atitudes na prevenção da esteatose não alcoólica.
Em relação à dieta, antes de tudo, se recomenda uma dieta equilibrada, pobre em carboidratos simples e gorduras saturadas e trans. A preferência deve ser por carboidratos complexos e por gorduras insaturadas. Recomenda-se diariamente a ingesta de verduras, frutas e legumes. Restrições calóricas devem ser aplicadas para os pacientes que estão acima do peso.
Uma dieta rica em alimentos não processados, com baixo teor de carboidratos também contribui para evitar essa doença. Por fim, a prática regular de atividades físicas ajuda a pessoa a combater o sobrepeso e melhorar o metabolismo.