O estômago é um órgão do sistema digestivo que fica entre as extremidades do esôfago e do intestino. É um órgão muscular que tem como função a digestão dos alimentos, através da produção de substâncias ácidas que se misturam ao alimento e através de movimentos de contração muscular que trituram e misturar o alimento ao suco gástrico ácido.
O câncer de estômago (também denominado câncer gástrico) é a doença em que células malignas são encontradas nos tecidos do estômago.
Os tumores do câncer de estômago se apresentam, predominantemente, sob a forma de três tipos histológicos: o adenocarcinoma, responsável por 95% dos tumores gástricos, o linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e o leiomiossarcoma.
Epidemiologia
A incidência de câncer de estômago tem diminuído consideravelmente nos últimos trinta anos, principalmente nos países ocidentais. O motivo é desconhecido, mas estudos têm sugerido que isso se deve ao desenvolvimento de métodos mais apropriados de conservação dos alimentos.
A ocorrência de câncer de estômago é duas vezes maior em homens do que em mulheres e costuma acometer pessoas acima de 50 anos de idade.
A alta mortalidade é registrada atualmente na América Latina, principalmente nos países como a Costa Rica, Chile e Colômbia. Porém, o maior número de casos de câncer de estômago ocorre no Japão, onde encontramos 780 casos por 100.000 habitantes.
Fatores de risco
Suas causas exatas ainda não são conhecidas, mas pessoas que sofrem de distúrbios gástricos provocados por uma bactéria chamada Helicobacter pylori parecem estar mais suscetíveis a desenvolvê-lo, bem como as que sofrem de anemia perniciosa, que resulta em uma deficiência de vitamina B12. A propensão hereditária de formação de pólipos no estômago também pode ser um fator de risco.
Prevenção
Para prevenir o câncer de estômago é fundamental uma dieta balanceada composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.
Sinais e sintomas
O câncer de estômago é curável, na maioria dos casos, quando detectado em sua fase inicial. Entretanto, sua detecção precoce é relativamente difícil, uma vez que no começo, não costuma apresentar sintomas. Quando ocorrem, os mais comuns são:
- Repetidos episódios de indigestão
- Perda de apetite
- Dificuldades para engolir
- Perda de peso
- Inchaço abdominal após as refeições
- Náuseas constantes
- Azia persistente
- Sangue nas fezes ou fezes escuras demais
- Estes sintomas são comuns em muitas outras situações; a maioria das pessoas que os apresentam não tem câncer de estômago. Entretanto, é importante relatá-los ao médico para tratar suas causas.
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo de câncer de estômago só é possível por meio de uma biópsia. Geralmente ela é feita durante uma endoscopia, procedimento que é feito por um médico gastroenterologista, que introduz pela boca do paciente um tubo fino contendo um telescópio na extremidade que desce pelo esôfago até atingir o estômago. Com este aparelho o médico é capaz de visualizar o interior do estômago e colher uma pequena amostra de tecido para ser examinada pelo patologista, à luz do microscópio.
Se o diagnóstico de câncer for confirmado, o médico solicitará outros exames, tais como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para verificar se o câncer se espalhou para outros órgãos.
Tratamento
Nas fases iniciais o câncer pode ser curável, e o tratamento nessas fases iniciais constitui-se na cirurgia. Nas fases avançadas, o tratamento geralmente é feito com quimioterapia e as vezes com radioterapia.
Cirurgia
É o método de tratamento mais importante. A extensão da operação vai depender do tipo e da extensão do tumor. Quando o tumor está restrito ao estômago, pode ser completamente removido cirurgicamente, com uma gastrectomia total ou parcial (retirada total ou parcial do estômago). Quando o tumor já atingiu outras estruturas, a cirurgia pode incluir a remoção de partes do pâncreas, baço ou fígado.
Radioterapia
Costuma ser a opção de tratamento posterior à cirurgia, quando o tumor não pôde ser completamente extraído. Pode também ser empregado para diminuir tumores que estão obstruindo o trânsito digestivo e, ainda, para aliviar dores e sangramentos.
Quimioterapia
Até o momento, as drogas quimioterápicas conhecidas para combater o câncer de estômago não têm apresentado resultados satisfatórios, na maioria dos casos. Algumas drogas novas estão em fase de testes, assim como o uso combinado de algumas já conhecidas. Se o seu médico considerar que o seu caso pode ser elegível para uma das pesquisas clínicas em andamento, ele irá conversar com você sobre os riscos e benefícios que você poderá obter com eles.
Fonte: www.abcancer.org.br