Relatório anual sobre protetores solares feito pelo Enviromental Working Group (EWG), organização sem fins lucrativos com sede em Washington, afirma que alguns protetores solares, que contêm em sua formulação vitamina A ou derivados, podem acelerar o câncer de pele – que o produto deveria proibir, informa o site AOL News.
A organização avaliou 500 tipos de filtros solares e mostrou que, embora eles projetam contra queimaduras, apenas 39 realmente impendem que os raios ultravioletas do sol destruam células e causem lesões e tumores.
De acordo com o estudo, a FDA (Agência do governo norte americano que regulamenta alimentos e remédios) investiga se efeitos nocivos da vitamina A estão ligados ao fato dela poder ser substância fotocarcinogênica – que, com a exposição a raios ultravioletas na pele, sofre alterações bioquímicas que podem resultar em câncer.
Na pesquisa, cobaias que receberam cremes com a vitamina tiveram suas lesões e tumores desenvolvidos 21% mais rápido do que aquelas que recebiam cremes sem a substância.
A vitamina A, geralmente associada à ação anti-envelhecimento na pele, está presente em 41% dos filtros avaliados pela EWG.
A organização avaliou apenas produtos comercializados nos Estados Unidos.
Mas, atenção! Marcas como Coppertone, Banana Boat, L’Occitane, La Roche-Possay e L’Oréal, também vendidas no Brasil, têm produtos com substâncias que a entidade recomenda evitar.
A EWG aponta ainda uma falha da FDA em estabelecer regras para a comercialização do protetor solar.
O Fator de Proteção Solar (FPS) alto, que protege contra queimaduras, em geral, não alivia a pele dos efeitos dos raios UVA, que não queimam, mas são considerados responsáveis pelo câncer de pele.
Além disso, os consumidores raramente usam o FPS pelo qual pagaram. A maioria das pessoas aplica cerca de um quarto da quantidade ideal de creme. Na prática, um produto de FPS 100 age como um FPS 3,2; um protetor com FPS 30, seria, na verdade, um FPS 2,3.
Outro problema encontrado nos produtos com proteção solar é o componente oxybenzone.
Presente em alguns deles, a substância que interrompe a ação hormonal, penetra na pele e entra no sistema sanguíneo.
Exames do Centers for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) encontraram o composto no sangue de 97% dos americanos testados.
Fonte: revistagalileu.globo.com